A Cidade do Sol (Crítica)


Quando leio livros gosto de me envolver com a história e seus personagens, gosto de ter sensações, sejam elas de alegria tristeza e até medo. Se você também é assim, então recomento que leia A Cidade do Sol de Khaled Hosseini.
Este livro conta a história de duas mulheres que nasceram e viveram no Afeganistão, a estória é fictícia, por isso não coloquei a letra H, mas com certeza merece, pois o que é relatado no livro é semelhante ao que muitas pessoas principalmente mulheres vivem e sofrem naquela região. O livro se inicia com a história de Mariam, uma jovenzinha muito sonhadora e inocente, mas que aprendeu desde cedo que o destino de uma mulher é casar, ter filhos e servir ao marido.
Aos 15 anos perde a mãe, e seu pai um homem da alta sociedade e casado com outras mulheres, não quer ter o peso de criar uma bastarda, então obriga a garota a se casar com um homem viúvo de 45 anos que sobrevive como sapateiro.

Esta é a primeira história contada, e a primeira sensação será de dúvida, pois a mãe de Mariam a maltrata, humilha e diz a ela que o pai não presta, e que por isso ele não a leva pra viver na mansão com ele e a família rica que possui, já o pai da menina além de ser extremante carinhoso para com a filha e presenteá-la, promete que um dia ela irá viver com ele. O jeito em que o autor conta a história faz com que fiquemos na dúvida sobre quem fala a verdade, e quem quer o bem de Mariam. A segunda sensação será tristeza, então prepare o lencinho para enxugar suas lágrimas, se você não chorar, irá chegar muito perto disso.

Para não estragar e contar a história antes de você ler, vou parar por aqui e seguir para a segunda parte, porque o livro é separado em partes, o que pode causar uma confusão na cabeça do leitor, já que do nada a história de Mariam da lugar e história de Laila, o que vai parecer confuso de início, mas depois no decorrer da leitura você irá entender.

A segunda história que o livro conta é a da garota Laila, filha de um professor e uma dona de casa, seu pai por sua formação acadêmica incentiva a garota a estudar e diz que ela “poderá ser o que quiser”, o que fez com que Laila soubesse que seu destino seria muito mais do que casar e ter filhos, levando-a a ser mal vista pelas pessoas mais conservadoras.
A história de Laila é voltada para romance e amizade, que despertará em você curiosidade para saber até onde ela poderá chegar, e Laila chegará ao mesmo caminho em que está Mariam, o que irá causar uma grande surpresa, mas deixará a história mais interessante.
Como disse no início esse é um livro que desperta sensações, e você irá se preocupar, se revoltar e chorar, com tanta violência contra a mulheres e crianças, sexo forçado, humilhação, e descrição de uma vida em meio à guerra. E para o final prepare o lencinho novamente, pois você irá chorar de tristeza pelo destino de alguns personagens, mas  também de alegria pela superação de outros.

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